O texto é longo, extremamente pessoal e desinteressante para quem não acompanha este site. =D

Olá, este que vos escreve é Fábio M. Barreto. Jornalista, nerd, pai e editor do SOS Hollywood. Um site, parte de uma vida, motivo de orgulho e, mais do que nunca, parte da minha história. Gostaria de compartilhar alguns pensamentos com você, caro leitor. Espero que compreenda os pontos aqui traçados e, da melhor maneira possível, colabore para um SOS Hollywood melhor e, por que não, uma internet melhor. Afinal de contas, primeiro precisamos mudar a nós mesmos, para depois mudar a comunidade ao nosso redor e, finalmente, fazermos com que as comunidades modifiquem o mundo. O aspecto virtual pode ser um pedaço minúsculo nisso, mas pode ser um grande começo.

Aí vai.

Cid Moreira e Sérgio Chapelin assombravam as noites no Plim-Plim como os jornalistas mais famosos do País. Sem a menor dúvida, afinal, quem lembra dos infindáveis rostos dos repórteres dos telejornais ou dos nomes da maioria dos jornalistas que assinam matérias nos diários brasileiros? Entretanto, Woodward e Bernstein mostraram outro lado dessa história. Como dois sujeitos conseguiram derrubar um presidente? Isso era impensável, especialmente na década de 80, em nossa transição entre ditadura e democracia. O Brasil vivia o auge da opressão quando os norte-americanos tiravam Nixon do poder, em 1973. Culpa de Woodward e Bernstein. Azar o meu, pois comecei a gostar dessa idéia de fazer a diferença escrevendo.

Muitos anos mais tarde, muito por conta do destino e, claro, influência direta da minha querida avó, comecei a trabalhar na redação do Estadão, onde passei algumas das melhores, e piores, experiências da minha vida. Na primeira semana de trabalho, depois de ter ajudado na cobertura do acidente da TAM em Congonhas e de sentir toda a adrenalina da redação, descobri um dos lugares mais mágicos do prédio do Bairro do Limão: o arquivo, que hoje deve ser chamada de central de pesquisa, ou algo assim. Viva a evolução!

Tudo estava ao alcance, com recortes acumulados ao longo de décadas de produção do jornal. Poderia encontrar todos os textos de Paulo Francis, edições vetadas pela ditadura, entrevistas com grandes astros do cinema feitas por uma geração pré-Luiz Carlos Merten ou Luiz Zanin, daqueles tempos em que Dulce Damasceno de Brito era a brasileira em Hollywood. Mas nada disso ocupou o campo “assunto” na primeira ficha que submeti ao pessoal do arquivo. “Caso Watergate” foi o escolhido, além de outras duas pesquisas “profissionais” sobre Shoppings de São Paulo e História da Mooca acompanharam o pacote.

Acabei pesquisando os assuntos para meus textos do dia primeiro, afinal de contas, deadline diário é assustador. Watergate tinha 15 pastas, incluindo artigos em inglês, francês e alemão. Peguei apenas a primeira pasta, para ler a tradução da matéria inicial do Washington Post, assim como ler, pela primeira vez, o texto original. Gastei horas livres, plantões tediosos e dias mais livres navegando por essas pastas ao longo de cinco anos, até minha saída da redação. O jornalismo norte-americano vive e sempre viveu a base de denúncias como essa. Profissionais passam a vida esperando por um grande furo, para ganhar Pullitzer e ficar famoso. No Brasil isso existia, mas de modo bastante velado. Apenas alguns medalhões conseguiam essas matérias, pressão grande na nova geração e, saindo do aspecto político, não havia muito o que ser feito em termos de grandes “exposés”.

De qualquer forma, enquanto colegas de estágio seguiam para o ramo do jornalismo cotidiano, política ou economia, encarei o entretenimento. Tudo culpa de Guerra nas Estrelas, claro. Mas também culpa de Woodward e Bernstein, afinal, conheci aquela história assistindo a Todos os Homens do Presidente. Fui apresentado a Dustin Hoffman, que já tive a honra de entrevistar, e Robert Redford (que forneceu material genético para criarem o Brad Pitt! =D).

Eles mudaram o mundo por conta de sua profissão. Sua paixão e extrema coragem, afinal, contrariar o governo não faz bem à saúde. Tenho pensado muito na motivação dos grandes nomes do jornalismo, pessoas que sempre serão lembradas – independente se positva ou negativamente. Ou não. Afinal de contas, a realidade hoje é outra. E nem digo isso apenas por conta da internet como veículo de comunicação, mas também como fonte de provas, evidências e, claro, muita enganação. Outro dia mesmo fiquei sabendo que o Noblat deu um “furo furado”, ao denunciar uma suposta agressão a uma brasileira na Europa, com base em denuncia familiar enviada por e-mail; do mesmo modo, investigadores mundo afora invadem contas de e-mail para encontrar provas para seus casos, assim como aconteceu com Sarah Palin e o caso da roupa da campanha ou mesmo no pagamento de contas dos filhos com verba pública.

Entretanto, gente do entretenimento como eu tem outra perspectiva em relação ao mundo. Assim como nossos entrevistados, dadas as devidas proporções, somos um pouco estrelas. Alguns perdem as estribeiras e se consideram mais importantes que os verdadeiros astros, outros se contentam com a oportunidade de poder conviver com “gente famosa”. A função de correspondente já foi bastante glamourosa, especialmente nos tempos da já saudosa Dulce Damasceno de Brito, que desbravou Hollywood para o Brasil na Era de Ouro do cinema. Hoje em dia é um negócio. Somos convidados para as entrevistas, bombardeamos os profissionais do cinema com perguntas teoricamente interessantes, por vezes banais, e, assim como numa linha de produção, eles se levantam e dão lugar ao próximo como se fosse uma verdadeira pizzaria. O espaço para contato íntimo diminuiu, embora ainda aconteça, mas depende exclusivamente do talent, como são chamados atores, atrizes e diretores de Hollywood. Alguns deles tomam café com os jornalistas, outros continuam as entrevistas no elevador e enquanto aguardam pelo carro na porta do hotel. Acontece de tudo, mas essa é a exceção.

A intimidade entre correspondente e astro deu lugar a uma nova relação por conta da tecnologia. A intimidade entre público e redator entrou em cena. Comentários em sites (sejam eles blogs ou mesmo portais que utilizam a ferramenta) mudaram a dinâmica em termos de cobertura cinematográfica em todo o mundo. A “geração IMDB” desvalorizou a posição do crítico, até então, conhecedor de nomes, títulos originais e da filmografia essencial dos grandes nomes da Sétima Arte. A democratização da informação especializada não parou por aí, uma vez que a relação entre jornalista e público mudou. Juca Kfouri chamou o novo momento de “Idade Média Virtual”, afinal, qualquer um, literalmente, pode usar os fóruns e comentários para se expressar e exibir seu conhecimento, muitas vezes, confrontando o profissional que assinou o texto. Saiu o machado e a foice, entrou o teclado e o anonimato. Essa é uma das razões de seu blog no UOL ter comentários criteriosamente moderados e protegidos.

No modelo do jornalismo impresso, veículo/repórter se responsabilizam pelo conteúdo publicado. O leitor descontente ou contrariado participava, claro, mas por meio de carta para a redação, ou então mudava de jornal. Ninguém é perfeito e reconhecer erros sempre fez parte do jornalismo. Sem isso como ficaria a Folha de S.Paulo depois de ter “enforcado” Jesus Cristo, por exemplo? Quem se dispõe a escrever uma carta, normalmente, parava para pensar no conteúdo, dedicava grande esforço na redação, afinal, contestar um veículo de comunicação era coisa séria.

Era. A realidade é outra no mundo dos comentários, na dinâmica dos fóruns e na terra de ninguém do Orkut. Tudo seria válido fossem os usuários parecidos com aqueles que escreviam cartas. Não são informações que alimentam os comentários. Tudo vira uma questão de gosto pessoal. “Não concordo contigo, logo seu trabalho é um lixo”, claro que nunca nesse tom e em português correto, mas serve como ilustração. Estamos vivendo um momento desses com Watchmen. Sempre se soube que o filme causaria polêmica e, infelizmente, uma guerra de egos para descobrir quem entende mais sobre a obra de Alan Moore. Bem, ele entende mais do trabalho dele e pronto. E ele escolheu não assistir ao filme. E, nesse instante, deve estar dentro de seu cafofo no meio da Inglaterra dando a mínima para que os fanáticos dizem, ou deixam de dizer, nos fóruns, ainda mais no Brasi. Mas nesse aspecto seus defensores não o seguiram, já que sua maioria está na internet, teorizando e, claro, disputando verdadeiras batalhas em prol ou contra o filme.

Ainda não sei se gostei, ou não. E olha que já assisti Watchmen por duas vezes. Participei de toda a cobertura desse filme, desde a Comic-Con, passando por diversas entrevistas, publicando matérias no SOS Hollywood, na Sci-Fi News, Judão, no jornal O Globo e até mesmo em veículos de Portugal e Inglaterra. Há um outro lado do cinema, que não envolve gosto, mas uma questão mais histórica pelo ponto de vista da realização. Agora entendo o que Neil Gaiman me disse quando falou que Beowulf foi positivo. E foi mesmo, pois deu um passo tecnológico importante. Não gostei, mas isso não vem ao caso. É esse pensamento mais maduro que falta nessa massa maluca que não perde tempo em postar comentários de uma linha mesmo antes de ter terminado de ler uma matéria, ou, no caso de Watchmen, mesmo antes de ver o filme.

E isso me leva ao início desse texto. Por que os grandes jornalistas escrevem? Para cumprir sua função profissional e social. Reportar, expor, investigar e informar. No entretenimento, a opinião é muito mais relevante, afinal, seja eu, seja Luiz Carlos Merten, nem só de tese, base e conceitos vive o conteúdo jornalístico, especialmente no entretenimento. Certa vez, ouvi que a imparcialidade jornalística acaba no momento em que se escolhe qual matéria entra, qual não entra. Qual cobrir, qual não cobrir. Justamente por isso digo que não sou imparcial, e nem quero. Por isso só cubro filmes que normalmente gosto. Para que perder tempo detonando filmes ruins da Warner, por exemplo? Outro dia alguém acusou o SOS de mostrar uma vida sempre linda e sem problemas ou coisas ruins. Pois é, é questão de opção. Eternizar a desgraça e os filmes ruins ou se dedicar ao que importa e vale uma análise produtiva? Vejo uma quantidade gigantesca de filmes ruins e, como faço o SOS por prazer, gosto de me divertir e não virar o ranzinza-mór só para mostrar que entendo ou ter um bando de seguidores no Orkut, de onde me desliguei, diga-se de passagem.

Sujeitos como Marcelo Tas ou Rosana Hermann se tornaram famosos para a geração Twitter, merecidamente, claro. Tas, inclusive, foi alvo de uma campanha difamatória e ridícula por conta de um contrato comercial. No Brasil, ser bem sucedido é feio e vergonhoso. Bom mesmo é reclamar, criticar filmes e incentivar cyberbulling e se orgulhar de ser sofrido, ou de ter problemas. Gente como Tas mostra como um verdadeiro jornalista deve se portar, sempre com respeito e fazendo o que deve, sem ultrapassar limites.

Não consigo afastar a sensação de que, por conta do hit adicional ou da construção da “identidade nesse mundo virtual” superestimamos a importância da integração com o público, no caso, dos comentaristas. O dinamismo da internet realmente traz grandes vantagens, mas será que não estamos perdendo os parâmetros de importância do que é jornalístico e do que é “pop”? O debate entre os visitantes é produtivo? Em alguns momentos sim, mas são raras exceções. Algumas pessoas realmente fantásticas já apareceram por aqui, enquanto outras povoam os sites de cultura pop e cinema disseminando opiniões superficiais, correções made in Wikipédia e julgando o trabalho alheio na simples base do “gostei ou não gostei”. Muitos desses se consideram “blogueiros de sucesso”, e ganham mais dinheiro do que eu com isso, pode apostar. Aliás, eu não ganho nada por aqui. =D Hum, sucesso. Prefiro mil vezes os 2.500 que costumam passar por aqui do que 10.000 que visitam blogs recheados de piadas, vídeos do YouTube ou fofocas sobre assuntos imbecis a lá BBB. Questão de qualidade.

O pessoal pode não reparar, mas 99% do que é publicado aqui é conteúdo exclusivo. Há grandes blogs de cinema que comentam as notícias do setor. Já pensei em fazer isso, mas os portais já cobrem esse noticiário. E ficar requentando esse tipo de material não faria grande diferença por aqui. Acho justo oferecer algo diferente. Por isso mesmo, respeito meu leitor e os novos rumos do site serão focados nesse público. Os comentários deixam de existir (esse texto será o último com comentários) portanto, os fakes precisaram, pelo menos, se dar ao trabalho de criar um email falso para importunar. Fiz muitos amigos com o site e pretendo fazer muitos mais, porém, de outros modos. Twitter, MSN, Skype, esse tipo de coisa.

Cometo meus erros? Sim. E corrijo rapidinho quando algum leitor identifica algum equívoco. Entretanto, esse trabalho tem que ser algo importante e agradável na minha vida. Sou produtor de conteúdo, jornalista semi-independente que tem um conteúdo exclusivo na internet brasileira e continuarei a fazer esse trabalho, que é gratuito, para vocês. Mas vamos delimitar as coisas aqui. Sou o jornalista e editor aqui. Jornalistas escrevem, leitores lêem. Caso algum leitor tenha grande contribuição sobre algum assunto, envie por email, ou melhor, crie seu próprio blog e inicie um diálogo produtivo de idéias, como faço às vezes com o Hollywoodiano e o Championship Vinyl, blogs de grandes amigos que entendem horrores de cinema e com quem sempre aprendo muito. Muitos dos melhores comentaristas daqui, aliás, já tem seus blogs. Não sei se o Jackson tem, mas deveria. =D

Gasto muito tempo moderando comentários, além de tudo. Preciso parar de me preocupar se alguém comentou e liberar logo, ler imbecilidades e ficar clicando no refresh de modo quase psicopata. Qualidade de vida. Isso deve refletir numa melhor qualidade dos textos. Todo mundo ganha. Não espero mudar o mundo como Woodward e Bernstein, mas quero tornar meu mundo mais agradável e me preocupar com o que importa: entrevistar, escrever e curtir o resultado.

Mudanças de layout estão a caminho, providências para evitar períodos fora do ar também, então antecipo um período de bastante crescimento para o SOS Hollywood. As entrevistas não param, os filmes – bons ou ruins – sempre estarão por aí e está mais do que na hora de eu curtir a vida como realmente posso curtir aqui em Los Angeles. É uma honra poder estar aqui, a realização de um grande sonho, que tem custado muito, mas vale a pena. Como disse no dia em que iniciei o blog: Te cuida Charlie Harper! =D Não podia ter companhia melhor do que a de vocês para compartilhar tudo isso. Resumindo tudo isso, liberdade tem limite, interação faz bem, mas quando exercida com critério. Infelizmente, a internet ainda é terra de ninguém, sem regulamentação, sem código de conduta ensinado aos novatos e onde tudo é possível com um email falso ou um nick qualquer. É o domínio dos trolls, valentões e pessoas “espertas” que sabem mais que qualquer outra, mas nem escrever direito sabem. Triste esboço do tipo de gente que tomará decisões num futuro não tão distante. Dá medo.

E muito obrigado a você, que teve paciência e interesse para ler tudo isso. Você é uma pessoa especial!

Aproveitando, os canais de contato com o SOS Hollywood são:
E-mail: contato@soshollywood.com.br
Twitter: @soshollywood

Fábio M. Barreto

Fábio M. Barreto novelista de ficção, roteirista e diretor de cinema e TV. Atuou como criador de conteúdo multimídia, mentor literário e é escritor premiado e com vários bestsellers na Amazon. Criador do podcast "Gente Que Escreve" e da plataforma EscrevaSuaHistoria.net.
Atualmente, vive em Brasília com a família.

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20 Comments

  1. Pôxa Barretão, fico triste que tenha de ter tomado esta decisão, mas a apoio totalmente. É triste ver como existem pessoas que parecem ter o único intuito de irritar as outras.
    E pra que esquentar a cabeça com elas, não é mesmo? Faça seu trabalho da forma que sempre o fez, ou melhor, da forma que quizer fazer (provavelmente, será sempre com qualidade), e nós continuaremos visitando seu espaço, enquanto você o permitir.
    Bom trabalho

  2. Ótimo texto, é por essas e outras que desde janeiro de 2008 esse blog integra minha lista de favoritos, abraços Barreto.

  3. Te odeio por fazer textos tão bons e me obrigar a lê-los até o fim.

    E feche os comentários se quiser, nem ligo. Te chamo no msn pra elogios e/ou broncas sem a menor vergonha! =D

    beijo na família toda

  4. Caramba, valeu mesmo por ter citado meu nome, Barretão. Vindo de vc significa muito, também porque estou me formando em Jornalismo, e digo sem receio algum de parecer puxa-saco: vc é um dos meus maiores exemplos.

    Sobre blogs, já tive alguns que não foram pra frente por falta de tempo e ânimo. Atualmente, escrevo em um que minha mãe (aham, minha mamãe, hahahah) criou, num frenesi de empolgação com seriados. Se me permite o jabá: http://capadiprata.criarumblog.com/

    Pra finalizar, lamento o fim dos comentários. Acho as discussões bem interessantes, e aqui no SOS o nível era consideravelmente melhor que no Judao. Mas vc deve ter suas razões, então vamos respeitar sua decisão. Mas prepare-se para receber muitos e-mail se continuar com essa mania de escrever textos absurdamente bons.

    Abraço!

  5. Faça o que for melhor pra VOCÊ! Sabe que tem gente que te apóia e admira seu trabalho seja como for! =D

  6. Barretão, faça o q você achar melhor. Não sei se é o caso no SOS, mas você poderia moderar os comentários, assim como o Borbs faz. Aguardo ansiosamente pelas mudanças 😀 !

  7. Barreto

    Sou teu amigo já há quase uma década. É, o tempo passou, ficamos velhos. Mas continuamos aí. Nesse meio tempo, você casou, virou pai e, mais recentemente, se mandou pra um país civilizado – ao menos, na teoria.

    Enfim… Muito tempo passou e a qualidade do teu trabalho só melhora. Tudo, absolutamente tudo que você tem hoje, foi conquistado não apenas na base do talento, mas na capacidade de levantar após cada porrada. E a gente sabe não foram poucas.

    Estranho pensar agora, que, quase dez anos atrás, eu estava arrumando as cagadas do texto da Fonte Delta do meu colaborador nerd, e agora você está aí, entrevistando atores e diretores que, você via ou no cinema ou em cromos, fechando revista de madrugada.

    Com isso, chegamos ao seu texto. Sempre houve picuinha, ainda mais na internet, e sempre haverá. Mas, com o corte dos comentários, você consegue se livrar disso? Sim. Mas também terá que abrir mão dos elogios – que são maioria.

    Vale a pena? Normalmente, não. Mas, neste caso, vale, porque 1) você SABE que faz um bom trabalho, e os números e feedback do blog mostram isso; 2) o canal de comunicação com os leitores está aberto, para eventuais sugestões; e 3) eu sempre vou estar no msn pronto para soltar um “você está fazendo merda”, como já fiz antes. E sei que falo pelo Hollywoodiano também.

    Teu trabalho aí é sensacional. Você sabe disso. Se é hora de trabalhar em silêncio, para evitar críticas inúteis, que seja. Afinal, elas só atrapalham.

    Já os leitores preocupados em fornecer críticas úteis, se darão ao trabalho de mandar um mail.

    Mas já aviso. Sempre haverá um ou outro mala que vai se aproveitar do e-mail e descer o sarrafo, sem dó, sem piedade e sem motivo.

    Apenas não se esqueça que a qualidade do teu Trabalho (com maiúscula mesmo) vale mais que isso.

  8. Puxa cara eu gostaria de ser seu amigo… Eu sei que vai achar ate babaca, mas eu comecei a ter a idéia de fazer a cobertura de… “pasmem” Eventos do tipo: “Anime Friends” devido a forma como você escreve aqui no SOS Hollywood, porque eu me sinto como se estivesse conversando com uma pessoa normal e não como nos veículos de imprensa “especializados”.

    No mais boa sorte, parabéns belo trabalho que é muito do bem feito e continue assim !

  9. Barretão… Bem quando comecei a ler seu post, a 1º coisa que veio a cabeça, foi “meu Deus, ele vai acabar com o blog” a 2º coisa foi “e agora? Como fico me sentirei órfão”, RS. A verdade é que como já disse uma vez a você, acompanho seu trabalho desde o “Guia da Semana”, cheguei a enviar emails para a redação querendo saber como podia entrar em contato com você, para agradecer pelas ótimas matérias, enfim… nunca fui respondido. Até que um certo dia tive a sorte e fiquei hiper lisonjeado por você ter achado meu blog (pois havia mencionado um texto seu) e deixado um comentário e claro ter me informado sobre seu blog que desde então não deixei de acompanhar, e dessa forma pude dizer a você o que sempre quis. Também sou apaixonado por cinema, mas nem de longe me acho ou sinto um verdadeiro “entendido” do assunto. Deve ser esse um dos motivos pela qual eu admiro seu trabalho, pela maestria com que faz e pelo prazer que demonstra ao fazê-lo, seja aqui, seja na Sci-Fi News. Minha paixão começou quando pela 1º vez fui ao cinema, chamava Ouro Verde e ficava na Mooca, era uma criança, mas aquela sensação diante daquela magia que durou algumas horas mudou-me pra sempre e desde então qualquer assunto relevante me atrai. Não cheguei a acompanhar o trabalho da Dulce Damasceno de Brito obviamente em função da idade, portanto o que sei sobre seu trabalho e sua vida foi em um livro que comprei “Lembranças de Hollywood” após um curso sobre cinema que fiz com Alfredo Sternheim, onde ele exibia e comentava alguns filmes clássicos. Uma das minhas paixões por cinema também é motivada por Alfred Hitchcock ao qual tenho quase todos os seus filmes e foi o grande responsável por me fazer estudar inglês, pois tive que me virar pra ler um livro ou “Bíblia” como eu chamo em particular, pois conta tudo sobre ele, sobre seus filmes, sobre suas técnicas, etc., porém não havia tradução em português. Lado positivo… Aprendi mais sobre seu trabalho e aprendi inglês, RS. Em função disso tudo sempre achei que faria cinema na faculdade, mas acabei optando por arquitetura, mas claro que ao me formar meu trabalho final de graduação tinha que ter alguma relação então fiz um projeto de um cinema ou “Palácio Cinematográfico” como eram chamados as grandes salas. Por tudo isso, vir aqui e ler seus textos, suas entrevistas, seus comentários, faz com que aquela sensação de quando era criança voltasse à tona, pois acabo identificando, acabo me imaginando, viajando, sonhando, querendo viver essa magia que pra mim significa o cinema. Hoje tenho um blog, (também não ganho nada, RS) que fiz pra mim, apenas pra colocar aquilo que gosto, na realidade é mais como um arquivo particular pra quando eu quiser achar algo eu sei onde achar. Procuro não falar muito sobre cinema, pois não me acho a altura, então deixo pra quem sabe fazer “tipo você” e quando comento algo é pra indicar “leiam tal matéria que é ótima”, como já fiz ao mencionar várias vezes seus textos. Desculpe essa “Bíblia” que escrevi aqui, mas foi apenas pra mostrar o motivo pela qual admiro seu trabalho e a importância que ele tem de certa forma pra mim e demonstrar o quão horrível seria se deixasse de fazê-lo. Continue fazendo como sempre fez, da forma como gosta de fazer e quer fazer, é justamente esse o diferencial e que mostra ainda mais – pelo menos pra mim – o quanto a sua paixão por isso é tão grande e fascinante. De qualquer forma respeito e apoio qualquer mudança que queira fazer, continuarei freqüentando aqui como sempre faço e indicando, pelo seu excelente trabalho e pela admiração por ter tido a coragem e determinação de correr atrás do seu sonho e se tornar o que você é hoje, criticas a parte a imagem que tenho continuará sendo a mesma a de um grande profissional, nerd (como diz) e responsável por me fazer voltar a ser aquela criança fascinada que já mencionei.

    Um grande abraço.

    Paulo Ka (the K theory)

  10. Te acompanho desde o começo do judão blogs, e apoio totalmente a decisão de por fim aos comentários. E não vou esconder que fiquei aliviado de certa forma, porque quando comecei a ler pensei que você ia fechar o blog, como já aconteceu com outros blogs que eu acompanhava. Talvez eu não fosse um dos comentaristas mais brilhantes que você tem, mas eu sempre fiz questão de demonstrar o quanto eu admiro seu trabalho, e fico feliz que ele vai continuar.

    o twitter acompanho faz um tempo já, o email vai ficar salvo para quando eu tiver algo a dizer.

    Parabéns pelo texto, Barretão, e que você continue com o ótimo trabalho.

  11. Se você acha melhor assim, assim seja meu caro.
    Mas concordo com o Rob que os elogios são maioria e valem a pena.
    Em todo caso, se ficar moderando um monte de idiotas está desgastante, corte mesmo os comentários,apoio plenamente o extermínio de imbecis que não tem o que fazer e ficam enchendo a saco da gente na internet.
    Adoro seus textos, entrevistas e, mesmo quando não concordamos sobre determinado assunto, ainda sim admito que você tem uma ótima linha de defesa 😉
    Estarei sempre aqui meu querido, você sabe disso.
    Sucesso!
    Beijo
    Sil

  12. belo texto barreto como sempre e também muito triste, aqui eu sempre gostei de comentar a qualidade dos textos e as discussões que eram divertidas (alem da galera que sempre comenta super bem embasada), mas aqui fica as saudações desse cara que aprendeu a adimirar seu trabalho.

    Ps: como eu não tinha visto antes aqui ficam meus parabens tbm pela entrevista com o Vin Disel que ficou fera.

  13. É uma pena que os comentários tenham que ser encerrados por aqui, mas se é a única forma de afastar os pseudo criticos que só sabem reclamar do trabalho alheio sem nunca ter tentado seguir um caminho próprio ou fazer algo produtivo ao invés de tentar desmerecer os outros e xingar por descordar, que assim seja.Mais do que os comentários, você, conta com a satisfação dos que acessam o blog e são contemplados com o seu trabalho que é feito com prazer.E que venham as novas matérias com a qualidade habitual!

  14. @ Duartch e João
    O trabalho continua, não se preocupem. Só vamos mudar um pouco o modo de participação do público. =D Obrigado pelo apoio!

  15. @ Gabi
    É só puxar a orelha, sabe que não ligo. =D bjao!

  16. @ Rob
    Fazer chorar não vale, seu viado! =D
    Foi uma década grandiosa e saber que você encara esse período dessa maneira já faz qualuqer esforço valer a pena. :=D

    E sim, eu sei que sua síncope foi válida. Assisti Crepúsculo dos Deuses no dia seguinte. Sério. :=D

    Valeu pelo apoio e pela força nessa semana.

  17. @ Paulo Ka @ Luiza
    Respondi pra vcs por email. =D

    @ Guilherme
    Fechar acho que só fecho se voltar pro Brasil, coisa que nào está nos planos.

    @Yusuke e @Link
    Obrigado pelso comentários, caras. É como Link disse, se vocês estiverem satisfeitos, eu fico satisfeito. Por email vai ser melhor, pode apostar. ;D Como disse, os canais continuam abertos. Tá na hora ser “um pouco” mais sério aqui, pra melhorar pra todo mundo.

    @Sil
    Te amo, querida! =D

  18. “Faça o que for melhor pra VOCÊ! Sabe que tem gente que te apóia e admira seu trabalho seja como for! =D” (2)

    Conheço e admiro o trabalho do meu talentoso XARÁ desde quando comecei a comprar a SCIFI (há quase dez anos e não me desfiz da coleção), e concordo em 100% com suas opiniões, especialmente sobre como os jornalistas tem que se portar, sempre de forma respeitosa, tratando a todos com urbanidade e zelando pela verdade, acima de tudo, mesmo que muitas vezes sofram perseguições e outras formas de coação.

    Também lamento muito o “cyberbullying” muito freqüente na internet, especialmente no ORKUT, mas ainda acredito que essas pessoas irão colher o amargo fruto de suas ações em um breve futuro, afinal de contas, NEWTON acertou ao esclarecer que no universo é assim: Cada ação provoca uma reação.

    Saudações,

  19. Me identifico muito com seus textos, pois atualmente também vivo meus sonhos de ser pai e estar fazendo o que gosto profissionalmente! Parabéns e continue sempre asim, respeitando a si mesmo e seus leitores! Você tem a minha admiração!

  20. Big Barreto,

    Admiro muito seu trabalho, visito seu site quase todo dia e curto muito todas suas matérias aqui. Não costumo comentar, pois na minha cabeça, infelizmente, os comentários ultimamente em muitos lugares tem se resumido a essas coisas que você citou, como trolls e afins.
    Sempre fui averso a comentários em blogs desse naipe, mas, é óbvio, sempre via com outros olhos quando apareciam aqueles comentários bem pertinentes, que acrescentam ao post alguma coisa ou geram uma discussão boa. Se tudo fossem flores assim, beleza.
    Mas sei que os comentários que você libera para a gente ver não devem ser nem um terço do que realmente chega por aí. E alguns que a gente vê já são bem zuadinhos. Imagino o que você tem que aturar por aí.
    É uma decisão boa e torço muito para que isto ajude você a ter mais tempo de cuidar do site em si. Sei que as pessoas que querem ajudar você ou gerar uma discussão boa das matérias propostas (sempre ajudando na evolução), vão continuar falando contigo de uma forma ou outra.
    Sou nerd de carteirinha, curto muito a chamada cultura pop e sei que você faz isto que faz neste site de coração, pois se eu tivesse esta oportunidade, faria o mesmo (estou indo atrás de outra forma para trabalhar com minhas preferências nerds, mas isso não vem ao caso, hehehe).
    Então, meu caro, vida longa e próspera a você, ao site e a tudo que te fizer de bom!
    Keep on the good workin’, fella!

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