[Entrevista] Jack Black

LOS ANGELES – Jack Black sempre foi engraçadão. Depois de Escola de Rock e Tenacious D – Uma Dupla Infernal não sobrou mais nenhuma dúvida. Ele é um cara bacana, mas fica se esforçando para fazer caretas enquanto fala. O que me tirou o foco um pouco, pois eu acabava rindo, mas foi sossegado. Entrou na sala comendo e até ofereceu! o_O Ele arrebenta em Kung Fu Panda e, em breve, vem por aí com Tropic Thunder!

Leia o bate-papo com Jack Black! Sem muita enrolação hoje! =D

Qual é a melhor parte de se trabalhar numa animação?
É uma delícia. Você vai até o estúdio vez por mês, trabalha três ou quatro horas. Nada de maquiagem. Chega ao meio-dia (cara muito feliz). Faz a dublagem. E está tudo no script, mas dá para improvisar um pouco. É divertido.

O que você sente ao ver aquele panda como sua representação na tela?

Raiva. É como se ele tivesse roubado minha alma! Hahaha!

Toda aquela preparação das lutas de Nacho Libre ajudou a criar alguma coisa desse estilo único do Panga Fu?
Pode ser. Um pouco sim… quer saber? Não, nada a ver esse negócio de preparação mental. O Po só gosta de comer e, por isso, ele fica bom no kung fu. A grande verdade é que eu praticava artes marciais quando era garoto, mas fazia karatê e judô. Então, eu tinha todas as habilidades para bater em todo mundo!

Sua voz é animal. Po sabe cantar também?

Obrigado! Mas Po não canta, ele luta! (risos) Fiz alguns vocais para a canção tema, mas só isso.

Onde você acha que sua banda tem mais força? Nos States ou na Europa? E por que você nunca foram para o Brasil!
Olha, a Europa adora a gente! Tocamos no circuito dos festivais britânicos e mais de 15 mil pessoas em alguns lugares. Nunca juntaria tanto maluco aqui para ouvir a gente! Fico muito agradecido aos fãs de lá. E, importante, eles são fãs da banda, não meus, o que me deixa mais feliz ainda, pois não misturam as estações. Poxa, Brasil?! É só alguém convidar!

Po não quer fazer macarrão como o pai. Você não quis ser cientista como o seu. Como ele reagiu?
Ele não ligou muito. Ele só queria que eu fizesse faculdade e tivesse educação. Mas eu não terminei a faculdade. Aí ele ficou desapontado. Para não dizer outra coisa.

Você sempre esta de bom-humor… como é Jack Black de mau-humor?
Eu sou meio temperamental. Nunca quebro coisas e tal, mas aí começa a sair vapor pelas orelhas e eu fico ultra-raivoso. De vez em quando, estou muito bravo dentro do meu carro, eu só grito. E sei que deve parecer ridículo para quem vê de fora.


O que você tem a ver com ele?

(Olhando para a barriga) Ele é um sonhador. Inocente e infantil, mesmo sendo um panda adulto. Ele tem esses sonhos fantásticos de ser o herói magnífico que todo mundo adora, idolatra e teme. Mas ele também é muito inseguro, porque ele não tem a habilidade para transformar tudo isso em realidade. (risada maléfica e careta embutida). E eu também conquistei tudo que queria. Sem dúvida.

Falei com Nick Nolte e ele comentou Tropic Thunder. E ele disse que é muito especial, pois ninguém falou do Vietnã desse jeito.
É um filme muito original. Aborda muitos assuntos delicados como racismo, vício em drogas e a própria guerra. Nunca vemos muitas comédias a esse respeito. É isso que faz com que o filme seja legal. Por isso gostamos muito de fazer. Interpretamos atores que vão fazer um filme sobre o Vietnã. Meu personagem é um comediante que sempre exagera. Mais ou menos como eu, mas sem a heroína, devo acrescentar. Ele tem que largar a heroína no meio do filme, pois eles estão no meio da selva, o que nos leva a novas situações cômicas.

Fale um pouco sobre Year One.
Year One é a história de um cara chamado Zed. Ele viveu nos tempos bíblicos e presenciou várias daquelas histórias, mas nem adianta procurar, pois ele não existe na Bbíblia e nem na Torá. Ele era insignificante demais para alguém se lembrar dele. (risos).

O que você gostava de assistir na infância?
Embora gostasse de desenhos, eu curtia mesmo eram os filmes. Gostava de assistir Mad Max, com o Mel Gibson. Os carros eram demais! Mas, claro, gostava do Mickey Aprendiz de Feiticeiro. Os efeitos eram muito bonitos. E, muita gente não concorda, mas acho a primeira versão animada de O Senhor dos Anéis bem legal e ficava impressionado com aquelas histórias.

O estilo do sonho de Po lembra muito Samurai Jack, de Gendy Tartakovsky. Você gosta?
Sim… opa! Não conheço esse Samurai Jack? Parece legal. Soa como se tivesse sido feito para mim. Com esse nome!

Sobre 

Fábio M. Barreto novelista de ficção, roteirista e diretor de cinema e TV. Atuou como criador de conteúdo multimídia, mentor literário e é escritor premiado e com vários bestsellers na Amazon. Criador do podcast "Gente Que Escreve" e da plataforma EscrevaSuaHistoria.net.
Atualmente, vive em Brasília com a família.

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