Embora seja um rosto conhecido, tenha dado uns pegas em Angelina Jolie e tenha grandes filmes em seu currículo, Billy Bob Thornton não dá a mínima para o cinema e adora falar de música. Ele é um dos astros em Controle Absoluto, que estréia hoje em todo o mundo. Este intrépido jornalista conversou com o cara, que não pensou duas vezes antes de acender um cigarro e tomar cerveja durante toda a entrevista. Confira!

Controle Absoluto é um prato cheio para quem acredita em teoria da conspiração, certo?

    Mais que isso, essa tecnologia toda é uma espécie de monstro que tomou conta do mundo. Esse conceito é bastante real e o filme fala disso. Já parou para pensar que somos monitorados o tempo todo? Você está gravando nossa conversa, mas tem gente gravando esta sala e estão vendo nos monitores lá fora. E, depois o que acontece com tudo isso? Irônico que, mesmo enquanto falamos sobre pessoas sendo controladas, nós mesmos estamos sendo observados!

Anos depois e aqui estamos falando sobre o Grande Irmão e complôs. Isso não muda?

    O que acontece é que a ironia continua e vemos reflexos em todo lugar. Não é irônico que esse filme fala em matar um presidente que pode mandar matar um monte de gente no Iraque, mas que não responde a ninguém e, mais importante, pode controlar toda essa monitoração? Isso me dá arrepios! Estamos fazendo um filme sobre uma coisa ruim [monitoramento], criticando essa situação e somos tão, ou até mais, monitorados que os personagens do filme. Bizarro!

Pelo jeito você gosta muito de teorias da conspiração, hein?

    Bastante, mas tenho senso suficiente para saber o que é invenção e o que merece atenção. Por exemplo, sabemos que os astronautas chegaram à Lua, embora alguns malucos digam que não. Agora, eu aposto, e ganho, que não foi Lee Harvey Oswald que matou John F. Kennedy e que o 11 de Setembro aconteceu de um jeito muito diferente do que a história registrou. Aliás, existe um site que mostra muito mais informação sobre os ataques. Fiquei alucinado quando vi aquilo. Foi muito pior do que fomos levados a acreditar!

Mas você vive num mundo cujo objetivo é levar as pessoas a acreditar em outras coisas, o cinema…

    Não sou ator. Odeio filmes. Sou um músico. Entrei no negócio da atuação por acidente e o salário é bom, então, sustento minha família. Não dou a mínima para filmes e nem mesmo vejo a não ser que apareça um muito legal mesmo. As pessoas vão ao cinema e ficam analisando, pensando e debatendo, mas é tudo besteira e perda de tempo. O cinema é um produto e não acredito em produtos. Assim como a música, tudo que se tornou um produto virou porcaria.

Sempre foi assim para você?

    Não era até uns quatro anos atrás. Chegamos num ponto em que os filmes são feitos como pasta de dente. Alguém tem uma idéia e ela é testada, pessoas dão opinião, e a reação do público modifica esse produto. Quando você deixa o público dizer o que você tem que fazer, você deixa de ser um artista e passa a ser um mero marqueteiro de merda. Não acredito em arte feita dessa maneira, é enganação.

Mesmo assim, você ainda passa pelo processo de criação e preparação para os filmes.

    Não existe preparação. É tudo enrolação. Há pessoas que tentam abastecer a imprensa com idéias sobre como foi complexo se preparar para algo. Bobagem extrema. Você é um bom ator ou não é, não existe meio termo. Eu simplesmente apareço lá e faço o que me pedem. Infelizmente, há muito mais atores ruins do que bons por aí.

Você gosta de algum de seus filmes?

    Eu diria que The Astronaut Farmer é melhor, pois fala sobre sonhos e foi interessante fazer aquilo. Era algo possível e que fazia sentido para esse mundo.

Fábio M. Barreto

Fábio M. Barreto novelista de ficção, roteirista e diretor de cinema e TV. Atuou como criador de conteúdo multimídia, mentor literário e é escritor premiado e com vários bestsellers na Amazon. Criador do podcast "Gente Que Escreve" e da plataforma EscrevaSuaHistoria.net.
Atualmente, vive em Brasília com a família.

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7 Comments

  1. Mas que cuzão.
    Desculpe o linguajar, mas ele merece

  2. Cuzão porque? Só porque ele teoricamente foi sincero?

  3. Não existe preparação, é tudo enrolação?
    Esse cara é uma figura!
    Tá certo que há belíssimas “modelos” em hollywood sem talento algum, mas também há talentosíssimas atrizes e atores.
    Saudações,

    1. O que vc disse só concorda c/ o que o Billy Bob disse.

  4. Não achei ele cuzão(ele deixou claro que existem bons atores), só achei meio radical demais,porém, muita coisa ali é verdade, ou vai dizer que muito filme/música é feito quase que por encomenda,só pra vender? achar que isso é mentira é ser extremamente ingenuo…

  5. Merda
    Vou salvar isso aqui no favoritos, eu fico esperando aparecer lá no Judão a atualização, e quando eu venho aqui já tem tudo isso amontoado…
    Enfim, otima entrevista, mas ele é um cuzão mesmo, por ter pegado a Boca…

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