Quando o relógio marcou 19h, as luzes da sala IMAX do AMC em Burbank se apagaram e um rosto familiar tomou a tela: Peter Jackson agradecia aos fãs por terem prestigiado, novamente, O Senhor dos Anéis no cinema. Ele explicou um pouco da remasterização feita por conta do lançamento do Blu-ray e alfinetou o mercado de home entertainment: “Obrigado por assistirem na tela grande, pois, bem, foi para ela que filmamos e é assim que os filmes devem ser vistos!”. Esse foi apenas o agrado inicial para as mais de mil pessoas presentes na abertura do evento especial, que começou com A Sociedade do Anel e continua com As Duas Torres e O Retorno do Rei – todos com suas versões estendidas -, nas próximas duas terças-feiras, nos Estados Unidos. É o aquecimento para o lançamento em Blu-ray da Trilogia de O Senhor dos Anéis!

Foi bacana rever o PJ, como sempre empolgado com sua maior realização, contando sobre a gênese da adaptação de O Senhor dos Anéis e seu desejo por “filmar batalhas em grande escala”. Difícil comparar a qualidade da exibição, afinal, a distância é grande entre a exibição das versões estendidas no Brasil e esse novo tratamento. A melhoria é clara em relação ao DVD, porém, é algo óbvio, afinal, os 4k de resolução são infinitamente melhores que a compressão em disco. O mesmo vale para o som, que parece melhor, mas, novamente, difícil de ser comparado diretamente. E esse nem era o objetivo da visita ao cinema, para encarar 3h50 de filme, o lance era mesmo rever a obra de Tolkien na telona. O ingresso custou US$ 14, incluindo US$ 1 pela compra online, mas não liguei, mesmo. Normalmente vou às matines para economizar o máximo que posso, mas nesses casos é investimento, não gasto. Questão de ponto de vista.

Como disse, foi casa cheia para A Sociedade do Anel e ver o pessoal totalmente envolvido, com direito a palmas para cada nome do elenco e novo rosto que aparecia na tela. Parecia torcida de futebol, com os fãs reagindo a cada uma das maiores cenas – o Conselho no Salão de Fogo, a pancadaria no túmulo de Balin, a morte de Boromir – e tirando barato quando possível. É fato que o primeiro filme é o mais fraco, até por conta de deficiências tecnológicas e tudo mais, como os anões usados para as cenas dos hobbits a distância e, claro, as curtinhas aparições de Gollum nas Misty Mountains e dentro de Mória.

Foi tão emocionante, fascinante e empolgante como da primeira vez. Afinal, há poucos filmes épicos do começo ao fim e essa trilogia pode dizer isso sem medo de ser feliz. Chega de puxa-saquismo. Semana que vem tem mais com As Duas Torres e, na seguinte, O Retorno do Reio. Não que o contador chegue perto das vezes em que vi Guerra nas Estrelas no cinema, mas eu é que não vou passar a chance de ver em IMAX e com o novo sistema ETX, que o AMC usa.

Em tempo, esse ETX é um pacote completo de “melhorias” para as salas de cinema composto por:
– Telas 20% maiores
– Sistema de som aprimorado, com 12 canais de áudio com 50.000 watts de potência
– 3D
– Projeção Digital

Valeu a pena. Recomendo tentar uma dessas salas.

Fábio M. Barreto

Fábio M. Barreto novelista de ficção, roteirista e diretor de cinema e TV. Atuou como criador de conteúdo multimídia, mentor literário e é escritor premiado e com vários bestsellers na Amazon. Criador do podcast "Gente Que Escreve" e da plataforma EscrevaSuaHistoria.net.
Atualmente, vive em Brasília com a família.

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3 Comments

  1. Sinto inveja de você, mais uma vez.
    BTW, Peter Jackson é o primeiro ex-gordo do Universo. Depois veio o Faustão e virou moda…

  2. Putz que inveja cara (a boa é claro) que pena que no Brasil não temos cinemas que nem esse, para poder desfrutar de verdadeiras obras de arte como estas ….

  3. O Senhor dos Anéis TEM QUE voltar aos cinemas, em 2001 eu tinha 6 anos e não tive a oportunidade de assistir… Tenhamos esperança que com o lançamento d’O Hobbit SdA volte aos cinemas para a alegria geral da nação.

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