Rosario Dawson vai se candidatar à presidência, pode apostar! Além de ser gata, é inteligente para burro e já começou a armar o tabuleiro com a comunidade latina. Por causa disso, ela escolheu fazer Controle Absoluto em vez de desistir no meio do caminho para assumir o papel que Kevin Smith escreveu para ela em Zack and Miri Make a Porno. O intrépido Barretão passou a rasteira na concorrência e entrevistou a musa do Borbs, ao lado do Michael Chiklis, de The Shield. Agora vai!

Você já pensou em ser o Presidente dos EUA?

    Michael Chicklis: Claro por que não? O que é legal de ser ator, eu penso, uma das grandes coisas é que a gente pode usar nossas imaginações e viajar sendo outra pessoa o que é legal porque dá uma idéia de como é a vida daquela pessoa. A boa notícia no caso de ser o Presidente é que você não necessariamente tem de ser o Presidente.

    Rosario Dawson: Eu vejo só pela Agente Zoey Perez, sabe, eu sou uma pessoa muito mais animada. Ela é muito contida, muito séria. E eu fico imaginando o tipo de disciplina necessária para ser quem ela é. Só de fazer a pesquisa, indo à base aérea de Andrews, ao Pentágono, encontrando essas pessoas, percebi que por mais que seja super empolgante na versão do filme onde eu saio voando em um Falcão Negro de cinco em cinco segundos e resolvo um caso em dois dias, na realidade essas pessoas ficam presas a um caso por mais de um ano, cheio de detalhes e trabalho árcuo, não há muita gratificação. Não há nada de glamuroso. E o que é preciso pra ser esse tipo de pessoa é muito muito interessante pra eu pensar sobre, mas é algo que me deixa feliz por ser atriz. Depois de colocar o uniforme e os brincos de pérola, eu estaria pronta em alguns meses.

Quais foram as cenas mais complicadas para vocês fazerem?! Rosario, você ficou bem presa à personagem, fale sobre isso.

    Rosario Dawson: Sabe, é interessante. Existem tantas maneiras diferentes de interpretar um personagem num filme como esse. Sabe, você trabalha nos seus diálogos, você tenta formar a sua personalidade, e aí você vai fazer as suas cenas de ação, porque você sabe, nesses filmes toda cena só com diálogos é seguida de uma cena de perseguição de carros incrível, ou uma cena com um helicóptero, onde você tem que falar e andar rápido. A energia sempre tem que estar lá em cima e sua própria personalidade começa aparecer, diferente do que se eu estivesse numa cena dramática. Então às vezes tenho que encontrar um equilíbrio entre a Rosario que eu sou e adora cenas de ação e ouvir o DJ [Caruso, o diretor] gritando que eu estou com medo. “Lembre-se, ela deveria estar com medo. É uma situação assustadora”, e eu fico tipo “ah é, é que eu achei super legal. Ok, desencana, desculpa. Continua, continua”. Isso acaba sendo a parte mais difícil.

    Michael Chicklis: Yeah.

    Rosario Dawson: Continue no personagem nas partes legais.

    Michael Chicklis: É, é verdade. E às vezes você vacila nesses momentos “me belisque”. Eu estou voando no jardim do Pentágono num helicóptero e saio da coisa tipo uma criança tonta de Massachusetts. Você sabe que há algo sério rolando ali e você quer mergulhar o máximo possível no personagem, mas às vezes, como a Rosario disse, você se sente uma criança na loja de doces.

    Rosario Dawson: É, é um ótimo trabalho.

Vocês acabaram improvisando algumas coisas?

    Rosario Dawson: Bem, como estava rolando a greve dos roteiristas, nós meio que pudemos dizer tudo o que queríamos dizer. Eu e Billy [Bob Thornton] olhávamos um ao outro e era “como você quer fazer a cena? Ok, vamos lá”. Eu realmente chamo isso de atuação de ação porque eu nunca, tipo, fiz uma cena que tem um peso e uma profundidade, mas a toda velocidade. Isso muda tudo. E é legal porque, de novo, esse filme se passa em dois dias e pra nós foram meses de gravações. Você precisa estar no ponto de cada coisa, pra que ninguém perceba que houve um espaço. Com todas as diferentes câmeras e todos os ângulos, você precisa mantar uma atuação consistente. E foi algo realmente interessante.

    Michael Chicklis: E nada poderia editar, nada poderia cortar.

    Rosario Dawson: É, você não tem como cortar. É fascinante.

    Michael Chicklis: Além disso, pra mim, eu tive muitos protocolos. Não imaginava quantos protocolos existiam pra ser o Secretário de Defesa e o jeito que eles conversam com os subordinados e como eles falam. Eu tive que me segurar muito, porque há uma maneira em que as coisas são feitas e você não quer quebrá-las para manter a realidade da situação, então…

    Rosario Dawson: Foi quase como aprender uma outra língua.

    Michael Chicklis: É, isso. Eu não imaginava. Quantas formalidades específicas existem para ser uma pessoa de comando. É bem interessante.

Eu tava pensando o quanto de crítica à administração Bush existe…

    Michael Chicklis: Bem, eu não acho que exista realmente alguma coisa desse tipo e não foi…

    Rosario Dawson: Não especificamente.

    Michael Chicklis: Não especificamente apontado para qualquer um em qualquer administração. Sabe, é meio que uma história de terror que lida, primeiramente, com os aspectos tecnológicos da nossa vida moderna. A tecnologia está evoluindo e existe um monte de coisa horrível acontecendo no mundo e nós queremos nos manter seguros e tal, mas existe um revés em relação a tecnologia. Há uma base política, mas eu não faria nenhuma declaração do tipo.

    Rosario Dawson: Eu acho que, embora exista algo sobre política, é sobre tecnologia, sobre privacidade e a invasão dela e a responsabilidade do governo, o que eu acho que poderia ser comparado à era McCarthy e dizer que isso tem o mesmo tipo de coisa que existia no meio da Guerra Fria e a propaganda da época. Tipo, tudo meio que se junta numa mesma coisa. Eu acho que esse filme é relevante para o momento, mas é atemporal nessa questão. Estamos falando do Big Brother. Estamos falando de um grande governo, de pessoas nas quais confiamos pra tomar conta das coisas em situações críticas para que possamos levar nossa vida e cuidar de nossas coisinhas. E quer queira, quer não, é um voto de confiança ganho, dado por nós mesmos, sabe, e isso continua, é o lance do custo-benefício, como podemos mantê-lo?

    Michael Chicklis: Muito bem. Lindo!

    Rosario Dawson: Depois dessa eleição, e depois da outra eleição, não será sobre uma única persona. Nessa administração não foi sobre uma pessoa. São várias.

    Michael Chicklis: Você realmente poderia se candidatar a presidente. Sério. Tão articulada, tão esperta!

Você pensa em concorrer para o Salão Oval?

    Rosario Dawson: Aparentemente, todo mundo acha que eu devo.

    Michael Chicklis: Tou te falando, Rosario para Presidente. Sério.

Partindo sobre aquilo que você disse sobre futuro, limites… Sua vida, por exemplo, um monte de gente te ama, sabe, the venera.

    Rosario Dawson: Sério?

Sim, ontem eu falei que ia te entrevistar e ficaram “Ah vá?! Sério?”

Sim. Eu estava falando do Borbs. =D

Fábio M. Barreto

Fábio M. Barreto novelista de ficção, roteirista e diretor de cinema e TV. Atuou como criador de conteúdo multimídia, mentor literário e é escritor premiado e com vários bestsellers na Amazon. Criador do podcast "Gente Que Escreve" e da plataforma EscrevaSuaHistoria.net.
Atualmente, vive em Brasília com a família.

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6 Comments

  1. Valeu, Barretão, mais uma excelente entrevista.

  2. Muito boa mesmo(a entrevista Borbs ^_^), parabéns Fábio, adorei a Rosario, ela realmente parece ser uma mulher fascinante, os outros adjetivos ficam por conta dos garotos 😉

  3. Parabéns por mais uma exclusívissima entrevista!
    Além de bela e talentosa, a entrevistada é muito inteligente e politizada.
    I BELIVE IN ROSARIO DAWSON!
    Saudações,

  4. Falou do B0rbs pra Rosario?! Sério!? Ah, vá! [2]

    =P

  5. Mal aê, Barretão, mas meu voto é da Jessica Alba 😛

  6. hauahuahauha
    Compara essa mulher com Jessica Alba… só faz a Rosario parecer ainda MAIS perfeita.

    Ótima entrevista Sir Barreto. Parabéns!

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